Veja cinco dicas para tirar o maior proveito de suas horas de estudo.

 

candeeiro de mesa branco na mesa de madeira marrom

Imagem de Shuvro Mojumder, no Unsplash.

 

01. Tenha um cronograma

Seguir um cronograma é importante para manter o hábito de estudos e a disciplina. Não podemos deixar que nossa vontade guie nossa rotina, porque muito raramente nos sentiremos inspirados a estudar.

Com um cronograma, também perdemos menos tempo pensando se devemos estudar, quando e por quanto tempo. É claro, você não precisa ter uma hora X para ler e fazer exercícios, mas se você bater suas metas semanais, e fazer os exercícios propostos em tempo, estará se preparando para ser uma pessoa mais disciplinada e realmente sentirá que o seu esforço tem retorno.

O nosso cronograma é público e talvez seja de grande ajuda mesmo para aqueles que não participam do projeto. Acesse aqui.

 

02. Faça listas de exercícios

Questões de concurso e do Exame da Ordem podem ser facilmente acessadas na internet, gratuitamente. Pratique desde já, sem consulta a materiais de estudo, para testar seus conhecimentos. Anote o que você não entendeu, estude novamente e resolva outra vez as questões que você já errou. A repetição e memorização também são aliadas.

Se possível, esteja desde já familiarizado(a) com questões que podem surgir em provas orais das carreiras jurídicas. No YouTube, é possível assistir várias provas orais de concursos públicos. Faça um simulado com você mesmo(a): pause o vídeo após ouvir a pergunta e tente responder sozinho. Mais tarde, ouça a resposta e veja como você se saiu. Você desenvolverá atividades tão importantes quanto a escrita, como a fala, concisão e pensamento rápido diante de situações que causam nervosismo.

 

03. Justifique as alternativas das questões de múltipla escolha

Mesmo em questões de múltipla escolha, é importante que você consiga saber justificar o erro e acerto de cada alternativa. Muitas vezes o motivo é simples: a alternativa certa reproduz os termos literais usados nos códigos. O importante é que você faça esse tipo de exercício sem consulta e corrija depois, lendo o código. Você vai ficar muito mais familiarizado(a) com a legislação e também estará se preparando para questões dissertativas.

 

04. Conheça a "lei seca"

Muitas pessoas ainda criticam o perfil do advogado ou juiz que meramente reproduz o que diz o legislador. Existem vários espantalhos criados com essa imagem — quem é que nunca ouviu falar no juiz "bouche de la loi"?

Por isso, alguns estudantes pensam que conhecer a legislação não é importante, afinal, para saber alguma coisa, basta dar um CTRL + F e procurar pelas palavras chave nos códigos no site do Planalto. Mas a verdade é que saber se localizar nos códigos é um requisito básico de todo profissional e estudante de direito, e é uma virtude cada vez mais escassa.

É claro que a formação de um(a) jurista não se resume a decorar a legislação, mas isso não quer dizer que não exista algo de valioso na letra da lei. Comece a criar um hábito de leitura — você pode seguir o nosso cronograma — e você vai notar que muita coisa que está à disposição do jurista não é explicado em sala de aula e está expressamente previsto no código.

Você não vai adquirir conhecimento da legislação só por osmose dos seus professores, nem trabalhando diariamente na prática jurídica. Alguns profissionais só repetem o que já viram em experiências passadas, e muitas vezes esse conhecimento é datado e sempre será incompleto. Saber navegar pela legislação é o mínimo.

 

05. Estude "direito"!

Todos conhecemos alguém que passa muitas horas "estudando" e não consegue ter bons resultados. Às vezes isso acontece conosco. Será que não estamos estudando errado?

Parece óbvio que estudar é uma ação, mas no mais das vezes dizemos que estamos estudando quando, na verdade, estamos sentados em frente a uma tela ou na sala de aula recebendo informações. Informação não se transforma em conhecimento sem que nós façamos algo com ela.

Assistir aulas é uma atividade passiva, especialmente quando não conseguimos engajar ativamente em forma de conversa ou fazendo questionamentos.

Estudar é o que fazemos quando estamos sozinhos e colocamos em prática o que estamos aprendendo. Por esse mesmo motivo, degravar aulas ou fazer resumos enquanto consultamos um material não é fazer tão bom uso de nosso limitado tempo, já que essas atividades não exigem muito de nossa mente.

A não ser que você tente fazer resumos a partir de suas próprias palavras, sem depender de um material de consulta, chances são de que você estaria aproveitando mais fazendo uma lista de exercícios.

Habitue-se a fazer exercícios. Na correção, tente adicionar tudo o que puder complementar as suas respostas, de cabeça e mediante consulta na legislação, súmulas, etc., porque agora você já sabe quais as suas dificuldades e pontos fortes. Assim você irá além do resumo que é apenas uma lista de informações tiradas de vários lugares diferentes para um verdadeiro aprendizado, constantemente consolidando o que você sabe.


Acompanhe o projeto pelo Instagam: @cpfdpc.